Comunitários bloqueiam e retém balsa com madeira ilegal no rio Arapiuns



 Duas balsas carregadas de madeira ilegal estão, desde o último sábado, retidas por moradores da Gleba Nova Olinda, no município de Santarém, oeste do Pará.
Moradores de comunidades rurais à beira do Rio Arapiuns, estão bloqueando embarcações carregadas de madeira. Eles dizem que o produto foi retirado ilegalmente da Floresta Amazônica.
O protesto quer chamar a atenção do governo do Pará para o caos fundiário e a intensa atividade de exploração de madeira na Gleba que, segundo os moradores, é ilegal. De acordo com relatos locais, a cada semana de cinco a dez balsas de madeira descem o rio.


O bloqueio, iniciado no feriado de 12 de outubro, acontece dois anos depois da chamada descentralização da gestão florestal na Amazônia. Quando a competência pelas autorizações por novos planos de manejo passou para os estados, a expectativa era de agilizar o combate à ilegalidade. No entanto, o que aconteceu na realidade foi que as deficiências dos órgãos estaduais de meio ambiente diminuíram o controle sobre o fluxo da produção de madeira amazônica.


Ainda que a situação no estado do Pará seja bastante crítica, essa é a realidade de outros estados da Amazônia também. “Infelizmente, além de toda a problemática socioambiental ligada à exploração ilegal de madeira, esse despreparo dos órgãos ambientais compromete a meta de redução de desmatamento e põe em risco o potencial das florestas no combate ao aquecimento global. As florestas degradadas pela extração madeireira inadequada estão condenadas a uma morte lenta” argumenta Raquel Carvalho, da campanha Amazônia do Greenpeace.

De acordo com os comunitários, a cada semana mais de cinco balsas carregadas de madeira saem pelo rio sem nenhuma fiscalização. 

Uma equipe de fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente do Pará deve chegar ao local nesta quinta-feira (22) para apurar denúncias.


Confira na galeria de fotos do Greenpeace Brasil.

3 comentários:

  1. Prezados, a madeira que está parada não é ilegal, inclusive já houve fiscalização do Ibama e Sema atestando que é legal. Além disso, a imprensa do Pará, hoje, informou isso, que houve fiscalização e as madeiras são provenientes de Projeto de Manejo.
    É preciso informar as coisas com certeza, inverdades como esta podem gerar sérios problemas ao relator dessa matéria.
    Ilegais neste momento são os manifestantes que já ultrapassaram a barreira do tolerável e lícito, adentrando no ilegal, uma vez que produto de origem legal e pessoas estão impedidas de ir e vir.
    Como a própria Raquel Carvalho afirma, ''as florestas degradadas pela extração madeireira inadequada estão condenadas a uma morte lenta'', o que não é o caso em tela, uma vez que são madeiras provenientes de projeto de manejo, e como vcs mesmo devem saber, é exploração adequada e benéfica a natureza, uma vez que são retiradas somente árvores que não mais produzem gás carbônico. Espero que vcs corrijam as informações equivocadamente postadas aqui. Viva ao meio ambiente, viva à exploração adequada e sustentável!!

    ResponderExcluir
  2. Engraçado, fiz um comentário ontem esclarecendo certas coisas e vcs não postaram aqui! Será por quê??? Cadê a democracia? Liberdade de expressão? Não são vcs as pessoas mais justas do mundo? Por que não colocaram meu comentário aqui para que pudéssemos discutir o assunto, como se deve ser em um mundo democrático!!??

    ResponderExcluir
  3. Sr. Anônimo,
    não postamos seu comentário por acharmos inadequado, muito pelo contrário, opiniões diferentes enriquecem a discussão.

    ResponderExcluir