Dinheiro de Exploração Petrolífera Financiará Fundo Contra Mudanças Climáticas


“O governo brasileiro pretende anunciar em novembro uma queda recorde no desmatamento na Amazônia e o lançamento de um fundo sobre o clima financiado pela indústria do petróleo, segundo informou na sexta-feira, 15 de outubro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.”

Segundo dados do Inpe, o desmatamento teve queda de 47% se comparado com agosto de 2009. Até ai, tudo bem. Mas a arbitrariedade na declaração da ministra, em querer financiar um fundo para combate às mudanças climáticas com dinheiro vindo da indústria altamente poluente do petróleo é gritante. Sendo assim, o Brasil continuará usando fontes fosséis para produção de energia, indo na contramão da tendência global na busca por fontes limpas e renováveis.

Ainda segundo a ministra, o Brasil manterá em Cancún, na COP16, o compromisso feito na COP15 de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 39% até 2020, em relação aos níveis de emissão de 2005, o que, cá entre nós, não significa muita coisa.

É importante que o país se comprometa com metas mais audaciosas para reduzir as emissões de gases estufa, e o próximo presidente terá que aceitar este desafio com muito empenho.

Você já perguntou ao Serra e à Dilma quais são suas propostas em relação ao meio ambiente?
Assine nossa petição por um país mais verde e limpo.

Angélica Nunes – voluntária


Escrito baseado em notícia vinculada no site EcoDesenvolvimento

Brasil que Te Quero Verde

Paira no ar a impressão de que finalmente o Brasil realiza o seu destino de ser uma grande nação. Embalados pela boa fase da economia, já antevemos o futuro que nos espera em 2029, quando o nosso PIB será igual ao da Alemanha.

A questão, no entanto, é se chegaremos lá defendendo um desenvolvimento típico do século passado, carregando conosco florestas destruídas e ar e rios poluídos, típicos de um ambiente incapaz de garantir nossa prosperidade pelas décadas seguintes.
Viramos potência agrícola mantendo mais da metade de nosso território coberto por florestas. Não há razão, portanto, para não termos uma política de desmatamento zero. 
Também sustentamos nosso crescimento com uma matriz em que 80% da geração elétrica é baseada em fontes renováveis. Sujá-la, em nome do progresso, é como engatar uma marcha-ré.
Infelizmente, ainda há quem diga que para desenvolver é preciso devastar. Insistem que para ter energia o Brasil precisa investir em combustíveis fósseis e que para expandir sua agricultura o único caminho é seguir derrubando nossas matas. Eles se esquecem do nosso próprio exemplo. Preferem importar modelos de outros países, como se o Brasil, para crescer, precisasse imitar os outros.
Os dois candidatos que sobraram na disputa pela Presidência da República parecem presos a esse modelo de futuro atrasado. Mas têm agora a oportunidade de dizer se querem fazer o Brasil andar para frente ou simplesmente ficar parado no tempo, talvez mais rico, porém devastado como qualquer outro país desenvolvido.
Durante a campanha do primeiro turno, o debate praticamente não contemplou aquestão ambiental. Serra e Dilma precisam corrigir esta lacuna e dizer claramente o que pensam e qual o seu projeto sobre o futuro de nossas florestas e o de nossa geração de energia, temas que estão radicalmente ligados ao futuro do Brasil e do planeta. 
Só assim o eleitor poderá decidir qual dos dois tem propostas concretas para gerar riqueza sem devastar a nossa fortuna ambiental.
Vote por um Brasil mais verde e limpo.


Assine a petição clicando aqui.

Dia Global de Ação Climática

 

Dia 10/10 (domingo) em mais de 116 países acontecerão atividades para marcar o Dia Global de Ações pelo Clima. Para ver no mapa, clique aqui.

A 10/10 é uma campanha que começou na Inglaterra em 2009 para ajudar e unir um movimento de cidadãos, escolas, organizações, governos e empresas, que juntos vem cobrar dos líderes mundiais medidas urgentes de redução de gases de efeito estufa.

Esse ano teremos mais uma Conferência das Partes (COP), que ocorrerá pela 16ª vez, este ano em Cancun, no México. É hora dos dirigentes do mundo todo entrarem em acordo para reduzir as emissões de GEE, criando um novo documento que entre em vigor tão logo expire o Protocolo de Kioto.

Convidamos você a fazer parte da mensagem que mandaremos para os líderes mundiais.

Compareça no Largo São Sebastião, neste domingo, 10/10 a partir das 16 horas. Chegando lá, é só se informar com qualquer um que estiver com uma camiseta do Greenpeace.

Inicio das Obras de "Belo Monstro"

As obras para a construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA), poderão começar na segunda quinzena de outubro.  De acordo com o jornal O Globo, a Norte Energia S.A. (NESA), empresa que tocará o empreendimento, aguarda para até o dia 10 a concessão da licença de instalação dos canteiros pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Já deverão ser iniciadas a construção de um porto fluvial no rio Xingu para receber material, o alargamento de estradas vicinais e a construção de pontes para ligar os dois principais locais nos quais serão erguidas estruturas.  A estratégia é deixar tudo pronto para iniciar as obras até abril, quando acaba o período chuvoso e o rio fica mais baixo.  Para isso, a empresa também adiantou o envio de partes do Projeto Básico Ambiental (PBA) para o Ibama, com prazo definitivo no dia 15.
A meta é tentar conseguir a licença de instalação da megaobra até dezembro, para evitar que a mudança de governo possa atrasar o cronograma.  A direção do Ibama não quis comentar os prazos das licenças.
Condicionantes não cumpridas O Ministério Público do Pará (MP-PA) enviou na quarta-feira ao órgão licenciador advertência sobre o não cumprimento de condicionantes prévias para a obra.  O MPF afirmou que, de acordo com informações da Fundação Nacional do índio (Funai), não foram cumpridas pré-condições relativas aos indígenas da região.  Na prática, sugere que o órgão não poderá conceder novas licenças sem cumprimento da anterior.

Fonte:Amazônia.Org

Casa Branca é Solar!

Nessa terça, Steven Chu, secretário de energia dos EUA, anunciou que, até junho de 2011, painéis fotovoltaicos aquecerão a água e produzirão boa parte da eletricidade consumida na Casa Branca.

Antes de Obama,presidente Jimmy Carter, na década de 70, fez a primeira experiência. Até George W. Bush colaborou, usando coletores solares para aquecer a piscina.

Lula perdeu a chance de seguir no caminho da sustentabilidade energética. Símbolo da modernidade de Brasília, o Palácio do Planalto sofreu nos últimos 16 meses uma reforma que consumiu mais de R$ 100 milhões do dinheiro do contribuinte. Mas a modernidade do edifício se resume apenas à arquitetura. Nem um centavo da reforma foi investido em uso de energia renovável no local de trabalho do presidente da República.

No fim de agosto, ativistas do Greenpeace entregaram um painel solar, esquecido durante a reforma do edifício, e uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presente é uma lembrança para que o governo invista em energias renováveis no país e articule a aprovação do projeto de lei 630/03, conhecido como Lei de Renováveis, em tramitação no Congresso.

Confira o vídeo:

Aquecimento Global - Hã?

O aquecimento global é visto como um dos maiores desafios da nossa década, fruto de anos de exploração desenfreada, escolha de matriz energética poluente e ritmo de consumo.

Para enteder um pouco mais sobre o fenômeno do aquecimento global, suas causas e consequências, vale conferir o infográfico feito pelo Discovery Channel.
Clique no link abaixo!

Aquecimento Global - Descubra o Verde - Discovery Channel

Arqueólogos Prendem as Últimas Partículas de Ar Puro da Terra

Para entender como a revolução industrial afetou o ar que respiramos, engenheiros ambientais precisam encontrar partículas de ar puríssimas. Para fazer isso, eles precisam descer 40 metros abaixo da superfície nos cantos mais remotos da floresta Amazônica.
Encontrar ar ainda em um estado essencialmente pré-industrial é uma tarefa surpreendentemente difícil, mas sem estas partículas puras é difícil precisar como os dois últimos séculos alteraram a nossa atmosfera. Apesar de ainda haver vários pequenos bolsões de ar ao redor do mundo não afetados pela atividade industrial, o problema é encontrar algum em um local que esteja isolado de poluição e contaminação por milhares de quilômetros.

Os pesquisadores encontraram um ótimo local bem acima da bacia amazônica de Manaus, como explica o líder da equipe, Scot Martin:
“Nós basicamente tivemos o equivalente a dois dias de ‘viagem’ em movimento de ar puro por 1600 quilômetros antes que o ar chegasse ao nosso local de medição. Por fazermos o estudo na temporada de chuvas da Amazônia central (entre janeiro e março), nós evitamos contaminações. Durante a temporada mais seca, há conhecidos períodos de queimadas e derrubadas, principalmente no extremo sul da Amazônia.”
Os seus dados representam a primeira vez que conseguimos capturar partículas puras de aerosol, e esta nova informação nos ajudará a entender melhor as diferenças entre ambientes naturais e industriais, as sutilezas das formações de nuvens e como a devastação florestal – e suas mudanças atmosféricas resultantes – podem afetar o mundo como um todo.
De modo interessante, as partículas podem acabar derrubando algumas hipóteses básicas sobre a formação de atmosferas. Para a surpresa dos pesquisadores, as gotículas criadas pela oxidação das plantas formam massivos 85% de todas as partículas do sistema, o que difere completamente das condições atmosféricas industrializadas, assim como das encontradas em ambientes marinhos naturais. Isso pode significar que as interações naturais entre aerosóis e estas gotículas, conhecidas como partículas orgânicas secundárias, é totalmente diferente do que os cientistas pensavam, porque todas as hipóteses foram baseadas em ambientes essencialmente industriais.
Eles também descobriram que há apenas algumas centenas de partículas por centímetro cúbico, em comparação com mais de 10.000 delas por centímetro cúbico em cidades altamente industrializadas. Todo o “ruído” causado por fuligem e outros poluentes torna praticamente impossível acompanhar mudanças nas condições atmosféricas quando novas partículas são adicionadas, mas esse não será o caso quando há tão poucas partículas no ar puro para começar.
O co-autor Urich Pöschl diz que estes achados serão cruciais para o entendimento de como os humanos alteraram a atmosfera nos últimos 200 anos:
“Os novos dados e descobertas nos ajudam, e aos nossos colegas, a entender e quantificar a interdependência do ciclo de aerosóis e água no sistema climático não perturbado. Um entendimento amplo do sistema climático não perturbado é um pré-requisito para modelagem e previsões confiáveis das perturbações antropogênicas e dos seus efeitos nas alterações globais.”
*Via GizModo.